terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Aonde está o amor?


Havia uma garota que de tanto procurar pelo amor, se perdeu. Ela o procurava em cada café, em cada balada, em cada esquina, mas ele nunca aparecia. Mesmo quando sua missão fracassava com os pseudo-amores, ela persistia em seu objetivo.
Com o coração partido depois de sofrer uma grande decepção amorosa, a moça triste ainda assim procurava pelo amor incansavelmente.
Foram tantas as decepções, tantas as frustrações, tantos sapos pelo caminho, lágrimas e arrependimentos. Algumas vezes ela se entregou de corpo e alma para quem só lhe machucava o já tão machucado coração. Mesmo assim, com o pobre sangrando e despedaçado, ela seguia a fim de alcançar seu ideal.
Quantas não foram as noites solitárias regadas a músicas tristes, depreciativas e muitas lágrimas.
Por várias vezes ela tentou se apaixonar, em algumas delas a paixão quase aconteceu, mas o amor verdadeiro parecia cada vez mais inatingível. Alguns pretendentes que almejavam ganhar o coração dela faziam de tudo para conquistá-la, mas tudo parecia em vão. Para não magoá-los ela os deixava, pois sabia que sem amá-los era impossível fazê-los felizes. Então, ela preferia ficar sozinha a ter que empurrar com a barriga um relacionamento que ela sabia que não vingaria.
Quando se apaixonava e sentia que estava perto de atender os anseios do seu coração, o destino parecia persegui-la e sempre dava um jeito de sabotar o que parecia o relacionamento perfeito. Mesmo tudo parecendo encaminhado, sempre acontecia algo que levava novamente à solidão: o cara se apaixonava por outra, uma ex-namorada aparecia grávida, ou simplesmente ele sumia.
Não poucas vezes ela se revoltou, e por achar que nunca encontraria o amor novamente, dizia para Deus e o mundo que não ia mais perder tempo com a futilidade do amor e que iria curtir a vida. Relacionamentos para ela seriam apenas casuais, sem envolvimento. Mas o que conseguia disso era apenas mais dor, pois ela sempre se sentia pior, usada, menosprezada. Então mais uma vez ela voltava para o seu isolamento emocional, que ela costumava chamar de “iglu”.
Mesmo com todas as frustrações e dores que carregava no seu magoado coração, ela não desistia de encontrar o amor verdadeiro. Ela não tinha certeza alguma se o encontraria, mas procurou viver todos os dias da sua vida em busca do que acreditava: que iria amar novamente e ser amada. Ela confiava que mais cedo ou mais tarde o tão esperado amor bateria à sua porta e ela estaria lá de braços abertos para recebê-lo. 

will do you still think of me?


Existem músicas que nos remete ao passado e nos faz sentir tudo outra vez. Hoje foi assim que me senti, voltei ao passado ouvindo Dream Theater. Essa banda, para quem não conhece, fez parte de uma das épocas mais marcantes da minha vida.
É engraçado que o tempo tem o dom de apagar certas coisas. No entanto, existem algumas que parecem resistir a ele. Sem dúvida, essa lembrança boa é uma delas.
A cada música do cd que ia ouvindo me lembrava de determinado momento. Cada beijo, cada abraço, as cenas de amor e, até mesmo as brigas. A música mais marcante é Through her eyes. Confesso que é uma das músicas mais tristes que já ouvi na vida, mas sabe-se lá por que foi meu tema de amor. Talvez ela tenha sido escolhida ao acaso, mas depois, pelo desfecho que teve minha história, a tradução casou perfeitamente com o final triste da personagem principal: no caso, eu.
Mas, não quero explicar a letra da música, mas o que senti ao ouvi-la hoje. Não vou dizer que quero que aquilo volte a acontecer. Pelo contrário! Nem espero! Mas, me dou o direito de guardar comigo o que vivi, cada pedacinho. As lembranças são minhas e vou buscá-las dentro de mim quantas vezes achar necessário.
Não sei se algum dia viverei aquilo tudo novamente, sinceramente nem tenho mais essa ilusão. Aquilo foi único! E eu me autorizo a ficar triste neste dia por saber que tive o melhor do amor, mas que hoje não me pertence mais. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Despedindo-se de 2010

De fato não há como negar que a maioria de nós humanos é apegado a algumas coisas. E não seria diferente na hora de se despedir de mais um ano que chega ao final. Como de costume fazemos sempre o mesmo ritual: relembramos o que nos aconteceu no ano que está findando e, em seguida, começamos a fazer planos para o tão esperado ano novo. Parece mesmo ser inerente ao ser humano essa coisa de apego, mas, ao mesmo tempo em que, nos despedimos com tristeza de mais um ano que se vai, nos traímos, substituído tão rapidamente esse “amigo” por um novinho em folha sem muitos abraços ou lágrimas. É como quando éramos crianças e tínhamos um carinho imensurável por aquela boneca velha ou aquele ursinho já gasto pelo tempo. No entanto, ao receber de nossos pais aquele brinquedo há tempos almejado, abandonamos nosso “velho companheiro”, e sem ao menos pestanejar, largamos de canto o que um dia nos serviu.
Assim fazemos com o ano que chega ao fim. Nesses últimos dias ouvi muitas pessoas dizerem “chega logo 2011, pois 2010 já deu”, ou ainda, “espero que o próximo ano seja melhor, ô anozinho que não acaba mais”... e por aí vai. No entanto, como seres humanos ingratos que somos, esquecemos de agradecer por estarmos vivos, por ter chegado ao término de mais um ano com saúde, com o apoio da nossa família e dos amigos. Independentemente de um amor mal sucedido, de finanças perdidas, ou ainda das decepções que passamos, esquecemos do principal: de olhar pro céu e agradecer ao autor da vida por ter nos dado a oportunidade de viver mais um ano, pois muitos não tiveram a mesma sorte que nós.
Sofremos, nos decepcionamos, perdemos algumas coisas, mas ainda assim, estamos aqui, inteiros, vivos pra contar o que passamos em mais um ano de vida. Dias desses li num livro que a cada dia que reclamamos, que recordamos lembranças que nos causa dor, é um dia a menos dessa vida que é tão curta. Por isso, a mensagem que quero deixar a todos é que aprendam a tirar o melhor das lições e que deem o melhor de si para o mundo, com certeza o será generoso e os recompensará de volta. Faça o teste! Não custa tentar.
Deixo agora esse vídeo como reflexão para que saibamos da valor ao que temos.

Um feliz natal e um próspero ano novo a todos! 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

VIVENDO

Hoje percebi que grande parte dos acontecimentos só tem relevância na nossa vida se a gente der importância a eles. A vida é muito curta pra ficar se prendendo a detalhes tão insignificantes. A vida se tornou mais bonita a partir do momento que percebi que não precisava sofrer, que não precisava lembrar do que me fazia mal e que a vida podia ser bem melhor. E isso que tenho feito. Viver a vida não é se desesperar para que as coisas aconteçam de maneira rápida, mas sim apreciar cada prazer dela vagarosamente.

domingo, 8 de agosto de 2010

Always and forever

"A maior parte da nossa vida, é uma série de imagens. Elas passam pela gente como cidades numa estrada. Mas algumas vezes, um momento se congela, e algo acontece. E nós sabemos que esse instante é mais do que uma imagem. Sabemos que esse momento, e todas as partes dele...irá viver para sempre". 

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Metade

Metade

Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...

Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada
mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.

Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.

E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.

Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.

Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.

E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.

Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.

E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.

Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.

Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...
também. 


Oswaldo Montenegro

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Por que sou assim?


Às vezes tenho vontade de correr, mas não sei pra onde. 
Às vezes, de sentir um abraço forte que me acalente a alma agitada, mas não há mãos fortes que me proteja. 
Às vezes quero apenas a calmaria de um lugar bucólico, mas as paredes de concreto me sufoca;
Tenho vontade de me isolar, chorar, mas sinto-me pior, pequena, impotente;
Tem vezes que quero palavras de afeto,mas têm dias que elas me deixam terrivelmente irritada.
Há dias que quero sair, me divertir, dançar;
Há outros que apenas quero ficar triste, relembrar coisas do passado e apenas chorar.
Quero ser reconhecida profissionalmente, conseguir atingir meus objetivos; 
Mas em outros momentos, quero apenas voltar no tempo em que era adolescente e não tinha muita coisa que me preocupava a não ser aquela 'terrível' espinha no nariz.
Só queria que as coisas se resolvessem por si só, pois assumo que não tenho a menor ideia do que fazer neste momento. 
Me sinto perdida. 

sábado, 10 de julho de 2010

Uma vida que se perdeu no tempo


Um tempo, um sentimento, uma vida que se foi junto com um passado que não passou.
Às vezes direcionamos nosso foco em algo para esquecer o vazio em algum outro setor.
Foquei na carreira e tenho conseguido êxito nisso.
Na maioria das vezes dá certo. Vivo numa correria e quase sempre consigo o que pretendia, ou seja, esquecer, mesmo que momentaneamente.  
No entanto, têm vezes que bate aquela “deprê”. A maioria das mulheres vai entender o que estou falando. Ou seja, quando sentimos necessidade de nos isolar,pensar em algo, comer chocolate, chorar, ver um filme de comédia romântica e no final ficar triste porque diferentemente da ficção a nossa história de amor não teve aquele lindo final feliz.
Hoje li a seguinte frase: "Todos são arquitetos do destino vivendo nestas paredes de tempo".
Será mesmo que somos arquitetos do nosso destino? Não, nem sempre isso nos cabe. Às vezes somos reféns dos acontecimentos. Coisas que parecem fugir ao nosso controle e mesmo que queiramos interferir parece inevitável.
Outras pessoas tentam te confortar com aquela velha historinha do “o que é seu está guardado”, ou ainda “Deus sabe o que faz”, “se não foi, não era pra ser”. Ah, por favor, me poupem.
Uma vez uma pessoa mais vivida que eu me disse que às vezes ficamos procurando respostas à vida inteira e não a obtemos, pois essas respostas poderiam ter sido dadas a nós por alguém que nunca mais veremos, ou ainda que preferiu se calar.
Não sei se algum dia saberei das repostas que procuro, talvez nunca saiba, mas uma coisa fica -  a certeza de que uma ferida foi aberta e sem prazo para se fechar. O responsável? Ah sim, vive bem, feliz, sem remorso, construiu uma família e nem sequer sabe o mal que causou a outra vida, que talvez nunca se refaça do que sofreu. 

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Alguém a ouve?


http://www.youtube.com/watch?v=RB1fA73WGcA


Belo vídeo que mostra que pra ser cristão não é sê-lo somente na palavra, mas na prática. Jesus não ignorava pecadores, prostitutas... pelo contrário, por não fazer tal distinção pôde salvar aqueles que precisavam da sua ajuda. Jesus não precisa de discípulos hipócritas, julgadores da moral alheia, mas discípulos para cumprir sua obra.



quarta-feira, 23 de junho de 2010

A proposta? Ser feliz.


O filme, A Proposta em que Sandra Bullock interpreta a poderosa executiva Margaret Tate, que ameaçada de ser deportada para seu país de origem (Canadá), propõe ao seu funcionário Andrew, vivido pelo gatíssimo Ryan Reynolds que se casem dando-lhe como recompensa a promoção há tempos almejada pelo jovem rapaz. A megera terá que provar para a imigração que o casamento não se trata de uma farsa. O casal segue para o Alasca, onde mora a família de Andrew.
No entanto, Margaret se encanta com a família do rapaz, percebe que se entregou demais ao trabalho e esqueceu-se de viver. Ao dar valor aos pequenos prazeres da vida, ela enfrenta seus fantasmas do passado e percebe que está apaixonada por Andrew.
Ao assistir o filme pude verificar que muitas mulheres estão cada dia mais voltadas para o trabalho, seja como válvula de escape, seja por quererem mostrar que são capazes, ou para esconder atrás de uma imagem de profissional bem sucedida, feridas que pensam que o tempo ou o status possam curar.  
É preciso reconhecer nossa fragilidade feminina, chorar quando sentirmos vontade, admitir que necessitamos de proteção, carinho e principalmente, precisamos nos sentir amadas, desejadas. Talvez nossa postura de auto-suficientes nada mais é que um escudo para evitar novos sofrimentos. Não queremos parecer donas da verdade, nem tampouco independentes a ponto de não precisar de outras pessoas. Queremos apenas ser compreendidas, pois temos sim dentro de nós corações que esperam que alguém sensível, mas ao mesmo tempo de pulso firme venha e nos dê proteção e nos ame como achamos que merecemos. 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Enfim a superação

As adversidades advindas de certas situações nos faz crescer, mudar e até mesmo perdoar algumas coisas do passado. Hoje acredito que posso seguir sem mágoas ou rancor do que passou. Dizem que é muito mais fácil perdoar aos outros que a si próprio. Enfim, está superado o que não me deixava prosseguir. #feliz por isso

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Por que mudamos tanto?



Se analisarmos nosso comportamento diante dos acontecimentos e até mesmo diante daqueles que nos cercam, perceberemos que existem vários seres em nós. Uma hora irrequieto e em outra inerte.
Do nada, acordamos de mal com a vida, sem nenhum motivo aparente, apenas estamos assim, sem mais explicações. Não queremos muita proximidade, muito menos questionamentos. É aquele dia típico do “não quero papo, ok?”. No outro, acordamos super felizes, admirando a natureza, querendo ajudar a velhinha a atravessar a faixa de pedestre, e ainda ficamos indignados com os motoristas que não param para a pobre coitada. Queremos amar, queremos procriar, plantar uma árvore, revolucionar o mundo, e blá, blá, blá, todo aquele discurso de Alice no País das Maravilhas.
Em um dia amamos as pessoas, no outro, sequer suportamos ouvir suas vozes. Num dia queremos todos os amigos e baladas possíveis para nos divertimos, no outro não queremos ninguém por perto, apenas a companhia de um gato, cachorro, periquito, uma tigela de pipoca, um pote de sorvete e um bom filme, que dependendo do seu “momento nostalgia”, vai de um sanguinário filme de ação a um romance melodramático que lhe arranca mil lágrimas. Nos enfiamos no nosso iglu e colocamos na portinha “não perturbe, não estou disponível”.
Sempre estamos criticando fulano ou beltrano, mas esquecemos de olhar para nossos lindos umbigos, e enfim, vermos que somos tão anormais como qualquer outro ser humano, que muda conforme as situações ou sei lá, conforme a lua quem sabe. Mudamos o tempo todo de humor, de ideais, e não nos damos conta dessa reviravolta que provocamos no curso de outras vidas ou do planeta, do destino, seja lá o que for.
Ohhh, bicho estranho esse ser humano, viu... 

sexta-feira, 12 de março de 2010

Testando o cérebro

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ser humano 'self-service'?



Se assim tivessem que ser as relações, não precisaríamos do outro pra nada, nada mesmo. Seríamos auto-suficientes. É triste, mas é assim que andam as relações pessoais ultimamente com essa rotina acelerada e o meio virtual substituindo o real.  Hoje admiramos as pessoas as queremos por perto, ficamos encantados por elas. Mas basta que algo nos desagrade para que coloquemos a tecla ‘delete’ em ação. Muitas vezes ficamos na dúvida – Será que ainda vou querer falar com ela/ele em um outro momento? – sendo assim, apenas bloqueamos, pois não se trata de uma exclusão, é apenas um bloqueio classificado como ‘adequado’ naquele momento. No mundo virtual as pessoas querem facilidades, tudo pra ontem. Se há alguma coisa no meio do caminho (seja lá o que for), logo perdem a paciência e colocam o “problema” para escanteio. Hipocrisia? Não sei. Estamos todos muito impacientes e rigorosos quanto ao comportamento do outro. Mas será que já analisamos o nosso próprio comportamento? 
Seres humanos são passíveis de erros e num determinado momento vão cometê-los. No entanto, não dá pra sair por aí tratando pessoas como sendo um produto que convêm em certos tipos de ocasiões e em outros não. Será esse um comportamento adequado? Trata-se, sim, de uma postura egocêntrica. Olha-se cada vez mais para os próprios umbigos e pessoa/produto tornam-se apenas um paliativo para carências ou interesses. Bela atitude, não é mesmo? Isso é motivo de orgulho?
Pois bem, não estou indo contra sua liberdade de ir e vir, muito menos tentando interferir no seu livre arbítrio, faça o que bem entender. Tais atitudes têm afastado pessoas com enormes potenciais, que por cometerem algum deslize lhes é tirado uma segunda chance.
Façamos valer a pena as relações com as pessoas maravilhosas que nos cercam, pois por uma simples atitude de clicar com esse irrequieto mouse na palavrinha deletar ou bloquear podemos nos arrepender pra sempre por termos sido turrões e deixar ir alguém que era especial para nós. Reflita! Pois certas coisas só acontece uma vez.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Um dia ruim


Não tenho frases bonitas e nem poemas para escrever aqui hoje. É apenas um desabafo de um dia ruim.
Sabe aqueles dias que parece que não era pra gente ter acordado? Digamos que hoje foi um típico dia trágico. Mas não vou detalhá-lo, pois corro o risco de passar raiva duas vezes. Quero apenas demonstrar meus sentimentos em relação a isso, ou melhor, desabafar.
Tentei não reclamar diante as malfeitorias do nosso terrível Murphy... É isso mesmo que você está pensando, a famosa lei de Murphy, que acredito que você já conheça. Pois é, e assim foi o dia. Um acontecimento trágico seguido de outro.
Nessas horas a vontade que se tem é de sair correndo pra casa, se enfiar debaixo de uma coberta e esperar que o dia acabe logo, e que se possa ver o lindo sol de um novo dia que chega. Mas isso não foi possível. Tinha que voltar pra casa, mas temia o que ainda estava por vir.
Tentei então burlar o infalível destino e resolvi pegar uma carona pra fugir do trânsito e daquelas famosas pegadinhas da vida, que insiste em nos fazer perder o juízo nesses terríveis engarrafamentos. Tive então a brilhante ideia de ligar para minha irmã e suplicar por uma carona.
Até que consegui driblá-lo (o destino) um pouco. Consegui me desviar da emboscada que o sorrateiro Murphy preparava mais à frente, mas não consegui atrasá-lo com suas travessuras.
Mais tarde uma pessoa (especial inclusive) iria me visitar. Será que ali o engraçadinho Murphy colocaria suas asinhas de fora e me daria o troco por tê-lo enganado anteriormente no trânsito? Será que ele aprontaria algo pra mim, para enfim encerrar o dia com chave de ouro?
Pensei comigo – mas quem sabe de repente, essa visita pode ser o que pode salvar o dia? Já que tive um dia assim tão conturbado é possível que a visita dessa adorável pessoa possa, enfim, me fazer sentir melhor, já que tal pessoa é tão amável e me traz bem-estar – não via então porque temer. Quem sabe isso pudesse apagar o que tinha sido aquele dia merecedor de esquecimento.
Mas eis que Murphy se esquiva daqui, tenta entrar por ali, não acha abertura, pois tudo segue perfeitamente bem. Penso até que ele desistiu, foi embora e pensa em voltar em uma outra ocasião. Mas não, ele não desistiu.
Eu, sei lá se por impulso ou se por a mando dele começo a relembrá-lo durante todo o dia e conto a essa pessoa como foi o dia, ou seja, péssimo! Daí, ele (o terrível e abominável Murphy) ganha força e se mostra mais forte do que durante todo o dia. Ele consegue assustar essa tal pessoa (lógico, depois dessa trágica estória grega, até eu me assustaria), que imediatamente tenta se livrar do carma, ou seja, eu, para não fazer parte dessa infeliz história.
No entanto, tudo que não queria neste dia era que tivesse sido assim. Não apenas o que aconteceu durante todo o dia, mas sim o final. Queria que tivesse sido diferente, queria não ter falado desse bendito dia, queria ter esquecido o Murphy naquele momento em que estava contente. Talvez eu coloquei a perder algo que há alguns dias estava preenchendo parte do meu dia e que estava me fazendo muito bem. Não sei se isso que foi bom durante o dia ruim retorna, mas confesso muito que quero, e quero muito. Mas não sei se ainda é possível. Que trágico! E isso tudo por causa desse dia ruim...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Onde está a minha alma agora? Vago sem endereço... Sem berço...!


"A minha alma nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou".

Há dias estava super animada, não sei explicar, mas era uma alegria que brotava nem sei de onde. Sem motivo aparente, essa euforia tomava de conta do meu ser, era como se a cada dia estivesse vivendo o último. De repente, eis que isso muda. Algo aqui dentro grita por algo que nem eu mesma sei o quê. É um chamado inconsciente.
Em silêncio fico nessa agonia sem sentido, apenas sei que estou triste. Dou-me então o direito de me trancar em meu quarto e nutrir esse sentimento para que possa, enfim, saber a causa desse estado tão nostálgico. Tento procurar as resposta dentro desse meu eu triste, mas nada responde.
Será saudade? Mas de quê? De alguém? De um passado? De quê, meu Deus!!! Não sei, só sei que isso dói.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Esse perfeito mundo das adversidades


Por que a vida só é boa quando lembramos do que foi (passado)? Ela não pode ser boa agora (presente)? Nos apegamos sempre ao que é concreto, porque no fundo temos medo do desconhecido. Medo de arriscar, medo do futuro, medo das conseqüências. Talvez por isso, estamos sempre com um pé atrás. Seja medindo as palavras, reprimindo desejos, sufocando desabafos, engolindo dissabores.
Até quando vamos viver assim? Não nascemos com um manual de regras grudado ao corpo. Temos o livre arbítrio para fazermos nossas próprias escolhas. E não está escrito neste manual que tenhamos que ser todos iguais, ou ainda, que tenhamos que agir da mesma forma diante as peripécias da vida.
Estou cansada quando ficam dando “pitaco” das nossas atitudes, dizendo que devíamos ou não devíamos ter dito ou feito.  Parece que independentemente do que a gente faça, sempre haverá uma crítica, seja ela vinda de A ou B. Sendo assim, a conclusão que se chega é que devemos ser nós mesmos. Os erros são nossos, os aprendizados também. Isso ninguém pode viver por nós.
Então a mensagem é que não devemos nos basear em idéias, ou teorias filosóficas, ou ainda o conselho da vovó para tomarmos nossas decisões, se fosse pra ser assim, Deus não teria nos criado indivíduos, e sim algo parecido com a cabeça da medusa, só que ao invés de cobras seriam seres humanos. Com nossos defeitos, erros e acertos. Cada um com sua personalidade. Imagina se o mundo fosse um rigoroso cumprimento ao manual dos desastres, como seriam as relações? Nada seria natural, não existiriam sentimentos e nem os misteriosos encontros onde almas tão distintas se atraem. Ninguém é perfeito nesse mundo. Deve ser por isso que é tão bom viver nesse mundo de tantas diversidades.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Duas Bolas, por favor!

"Uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido. Uma só. Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
  Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
  O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
  A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
  A gente sai pra jantar, mas come pouco.
  Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
  Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
  Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
  Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
  Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.
  E por aí vai.
  Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
  Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
  Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
  Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
  Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.
  Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
  Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
  Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora.
  Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
  OK? Não necessariamente nessa ordem.
  Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . . .
"Você nasce sem pedir e morre sem querer. Aproveite o intervalo."
Danuza Leão

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Por que queremos tanto alguém?

Estranho como o ser humano sempre está procurando em um outro alguém o que lhe falta. E não se trata de ser egoísta, pois na verdade é assim que acontece. Procuramos alguém para preencher a nossa incompletude. Queremos suprir a carência, alguém pra conversar, pra rir, pra dar carinho. Enfim ,ficaria a tarde inteira aqui enumerando o que procuramos nas outras pessoas.
Mas uma coisa não dá pra negar. Quando conhecemos alguém, que achamos que pode suprir tudo o que nos falta, ficamos bobos, inconseqüentes. Isso é idiota, mas é tão bom. O coração dispara só de pensar nesse alguém. Os pensamentos voam em recordações que tivemos ao lado dessa pessoa. Sentimos falta da fala, do toque, do cheiro. Quando não estamos perto desse alguém, é como se estivéssemos órfãos e pedimos em silêncio que esta pessoa retorne e nos dê tudo o que nos faz felizes.
A necessidade que temos do outro não se trata de obsessão, nem mesmo egoísmo, mas é um sentimento sublime que nos engrandece como pessoas. Na bíblia mesmo tem uma passagem que diz que não é bom que homem fique só. Sendo assim, é da nossa natureza querer alguém ao nosso lado. Por isso, o ser humano passa a vida inteira à procura de um companheiro. Mesmo quando temos um certo alguém que se vai pra não mais voltar. Temos a sensação que nunca mais vamos querer sentir tudo de novo com um novo amor. Mas chega um dia que essa mesma natureza grita e sozinha vai em busca de uma nova esperança, um novo alguém.
Enfim, se não conseguimos ser felizes sozinhos, que encontremos, pelo menos, alguém que faça nossas pernas tremerem, o coração disparar, que dá aquele friozinho na barriga. Isso sem sabermos, pode ser um dos sinônimos para o que tanto procuramos e não sabemos que já possuímos: a felicidade.