Se assim tivessem que ser as relações, não precisaríamos do outro pra nada, nada mesmo. Seríamos auto-suficientes. É triste, mas é assim que andam as relações pessoais ultimamente com essa rotina acelerada e o meio virtual substituindo o real. Hoje admiramos as pessoas as queremos por perto, ficamos encantados por elas. Mas basta que algo nos desagrade para que coloquemos a tecla ‘delete’ em ação. Muitas vezes ficamos na dúvida – Será que ainda vou querer falar com ela/ele em um outro momento? – sendo assim, apenas bloqueamos, pois não se trata de uma exclusão, é apenas um bloqueio classificado como ‘adequado’ naquele momento. No mundo virtual as pessoas querem facilidades, tudo pra ontem. Se há alguma coisa no meio do caminho (seja lá o que for), logo perdem a paciência e colocam o “problema” para escanteio. Hipocrisia? Não sei. Estamos todos muito impacientes e rigorosos quanto ao comportamento do outro. Mas será que já analisamos o nosso próprio comportamento?
Seres humanos são passíveis de erros e num determinado momento vão cometê-los. No entanto, não dá pra sair por aí tratando pessoas como sendo um produto que convêm em certos tipos de ocasiões e em outros não. Será esse um comportamento adequado? Trata-se, sim, de uma postura egocêntrica. Olha-se cada vez mais para os próprios umbigos e pessoa/produto tornam-se apenas um paliativo para carências ou interesses. Bela atitude, não é mesmo? Isso é motivo de orgulho?
Pois bem, não estou indo contra sua liberdade de ir e vir, muito menos tentando interferir no seu livre arbítrio, faça o que bem entender. Tais atitudes têm afastado pessoas com enormes potenciais, que por cometerem algum deslize lhes é tirado uma segunda chance.
Façamos valer a pena as relações com as pessoas maravilhosas que nos cercam, pois por uma simples atitude de clicar com esse irrequieto mouse na palavrinha deletar ou bloquear podemos nos arrepender pra sempre por termos sido turrões e deixar ir alguém que era especial para nós. Reflita! Pois certas coisas só acontece uma vez.