Havia uma garota que de tanto procurar pelo amor, se perdeu. Ela o procurava em cada café, em cada balada, em cada esquina, mas ele nunca aparecia. Mesmo quando sua missão fracassava com os pseudo-amores, ela persistia em seu objetivo.
Com o coração partido depois de sofrer uma grande decepção amorosa, a moça triste ainda assim procurava pelo amor incansavelmente.
Foram tantas as decepções, tantas as frustrações, tantos sapos pelo caminho, lágrimas e arrependimentos. Algumas vezes ela se entregou de corpo e alma para quem só lhe machucava o já tão machucado coração. Mesmo assim, com o pobre sangrando e despedaçado, ela seguia a fim de alcançar seu ideal.
Quantas não foram as noites solitárias regadas a músicas tristes, depreciativas e muitas lágrimas.
Por várias vezes ela tentou se apaixonar, em algumas delas a paixão quase aconteceu, mas o amor verdadeiro parecia cada vez mais inatingível. Alguns pretendentes que almejavam ganhar o coração dela faziam de tudo para conquistá-la, mas tudo parecia em vão. Para não magoá-los ela os deixava, pois sabia que sem amá-los era impossível fazê-los felizes. Então, ela preferia ficar sozinha a ter que empurrar com a barriga um relacionamento que ela sabia que não vingaria.
Quando se apaixonava e sentia que estava perto de atender os anseios do seu coração, o destino parecia persegui-la e sempre dava um jeito de sabotar o que parecia o relacionamento perfeito. Mesmo tudo parecendo encaminhado, sempre acontecia algo que levava novamente à solidão: o cara se apaixonava por outra, uma ex-namorada aparecia grávida, ou simplesmente ele sumia.
Não poucas vezes ela se revoltou, e por achar que nunca encontraria o amor novamente, dizia para Deus e o mundo que não ia mais perder tempo com a futilidade do amor e que iria curtir a vida. Relacionamentos para ela seriam apenas casuais, sem envolvimento. Mas o que conseguia disso era apenas mais dor, pois ela sempre se sentia pior, usada, menosprezada. Então mais uma vez ela voltava para o seu isolamento emocional, que ela costumava chamar de “iglu”.
Mesmo com todas as frustrações e dores que carregava no seu magoado coração, ela não desistia de encontrar o amor verdadeiro. Ela não tinha certeza alguma se o encontraria, mas procurou viver todos os dias da sua vida em busca do que acreditava: que iria amar novamente e ser amada. Ela confiava que mais cedo ou mais tarde o tão esperado amor bateria à sua porta e ela estaria lá de braços abertos para recebê-lo.