segunda-feira, 19 de abril de 2010

Por que mudamos tanto?



Se analisarmos nosso comportamento diante dos acontecimentos e até mesmo diante daqueles que nos cercam, perceberemos que existem vários seres em nós. Uma hora irrequieto e em outra inerte.
Do nada, acordamos de mal com a vida, sem nenhum motivo aparente, apenas estamos assim, sem mais explicações. Não queremos muita proximidade, muito menos questionamentos. É aquele dia típico do “não quero papo, ok?”. No outro, acordamos super felizes, admirando a natureza, querendo ajudar a velhinha a atravessar a faixa de pedestre, e ainda ficamos indignados com os motoristas que não param para a pobre coitada. Queremos amar, queremos procriar, plantar uma árvore, revolucionar o mundo, e blá, blá, blá, todo aquele discurso de Alice no País das Maravilhas.
Em um dia amamos as pessoas, no outro, sequer suportamos ouvir suas vozes. Num dia queremos todos os amigos e baladas possíveis para nos divertimos, no outro não queremos ninguém por perto, apenas a companhia de um gato, cachorro, periquito, uma tigela de pipoca, um pote de sorvete e um bom filme, que dependendo do seu “momento nostalgia”, vai de um sanguinário filme de ação a um romance melodramático que lhe arranca mil lágrimas. Nos enfiamos no nosso iglu e colocamos na portinha “não perturbe, não estou disponível”.
Sempre estamos criticando fulano ou beltrano, mas esquecemos de olhar para nossos lindos umbigos, e enfim, vermos que somos tão anormais como qualquer outro ser humano, que muda conforme as situações ou sei lá, conforme a lua quem sabe. Mudamos o tempo todo de humor, de ideais, e não nos damos conta dessa reviravolta que provocamos no curso de outras vidas ou do planeta, do destino, seja lá o que for.
Ohhh, bicho estranho esse ser humano, viu...